Responsáveis pela sessão de tortura têm relação com o tráfico de drogas e estavam revoltados com roubos cometidos pela vítima
A Polícia Civil detalhou uma sessão de tortura que resultou na morte de um homem de 31 anos e deixou outro, de 23, ferido em Paracatu, no noroeste de Minas Gerais, em setembro de 2024. Ao apresentar a conclusão das investigações nesta quarta-feira (19 de fevereiro), a instituição revelou que quatro pessoas participaram do episódio de violência. Três delas foram identificadas, e duas foram detidas.
Entre as violências, o grupo arrancou o coração do homem de 31 anos e obrigou o jovem de 23 a morder o órgão. Além disso, o sobrevivente foi forçado a arrastar o corpo do homem assassinado até uma área de mata, onde os restos mortais foram descartados em uma cisterna.
Roubos praticados pelo homem de 31 anos teriam motivado o crime, segundo a Polícia Civil. Isso porque o grupo apontado como responsável pela tortura tem envolvimento com o tráfico de drogas e teria se desagradado com a atenção provocada pelos roubos.
Apesar de o homem de 31 anos ser o principal alvo dos criminosos, o jovem de 23 anos, que o acompanhava durante a emboscada, também foi capturado. A Polícia Civil não forneceu detalhes sobre as razões que levaram o grupo a liberar essa segunda vítima, apenas informou que eles “decidiram poupá-la” e a soltaram “sob intimidação, advertindo que qualquer denúncia resultaria em represálias contra a família dele”.
Prisões
A partir das investigações, a Polícia Civil identificou como responsáveis pelo crime dois homens, de 21 e 18 anos, e um adolescente de 17. O mais velho foi preso, e o adolescente, apreendido. O terceiro segue foragido, enquanto as autoridades tentam identificar um quarto envolvido.
Os adultos foram indiciados pelos crimes de homicídio, tortura, ocultação e vilipêndio de cadáver. Todos eles já tinham passagens por tráfico de drogas e roubo.